Diretamente das máquinas de computador, microchips e conexões de internet, chegou a era VRAINS (ou formato Link para quem viveu essa época). E com a nova era veio o anúncio de uma nova Master Rule, e dessa vez as mudanças seriam muito drásticas.

A nova forma de usar o Extra Deck

As novas regras criaram uma nova zona na mesa: a Extra Monster Zone (EMZ). A EMZ consistia em duas zonas (uma para cada jogador) onde os jogadores invocariam seus monstros vindo do Extra Deck, sejam eles de qualquer tipo de invocação (Synchro, Fusão, Link, etc). O problema é que você só podia ter um monstro na sua EMZ, deixando a outra zona para o oponente, o que significava que você só podia ter praticamente uma invocação por turno, salvo nos casos em que você invocasse um monstro Link, aí você poderia invocar monstros do Extra Deck em quaisquer zonas em que os monstros Link apontassem.

Além disso, a mecânica Pêndulo receberia uma enfraquecida, tendo suas zonas características removidas, e transferidas para as extremidades da zona de Spell e Trap, fazendo com que os jogadores de Pêndulo só pudessem setar cartas nas três zonas restantes.

Desnecessário dizer que a comunidade não entendeu legal as novas mudanças, que eram obviamente pra forçar a nova invocação no metagame, praticamente obrigando que os jogadores fizessem Link Summon pra conseguir usar suas estratégias que não envolviam diretamente a mecânica Link.

Apagando incêndios

Por conta das novas regras, a Konami precisou lançar toneladas de suporte para as mecânicas antigas, com o intuito de não perder seus jogadores antigos. E por conta disso, MUITOS, mas MUUUUUUITOS suportes foram lançados pra diversos arquétipos. Uns mais relevantes que outros, então para o propósito de nos mantermos mais sucintos, vou me ater aos arquétipos e cartas com alguma relevância no jogo.

Lá vem o FTK…

O Phantom Quartz foi um desses suportes lançados com o intuito de apagar incêndios com a comunidade. Saindo na mesma coleção que a poderosíssima Electrumite, o pequeno Quartzo ficou debaixo do radar do pessoal, mas logo seria parte de um dos FTKs mais consistentes da história do jogo: O Gem-Knight FTK.

O FTK com o arquétipo sempre existiu, mas a sua consistência era risível e sua resiliência mais ainda. Mas com o lançamento do Link-2, a última peça se encaixou. Junto com o Block Dragon, que foi lançado no ano anterior, o Deck agora tinha um FTK altamente consistente, e além de tudo, um plano caso não conseguisse matar, que consistia em passar com o True King of All Calamities (VFD para os íntimos).

Uma mudança Colossal

Trocadilhos à parte, a carta fez o metagame girar em torno dele

Soul Fusion (SOFU) foi definitivamente uma das coleções já lançadas na história do jogo. Além de introduzir os Dangers (um favorito deste humilde escritor), introduziu também novos suportes para um arquétipo que só servia pra ser descartado no Goat: Thunder Dragon. Além do amigão ali em cima, o Deck ganhou várias cartas potentes como os monstros de Main Deck (Dragondark, Roar, etc) e o principal: Um boss pra proteger o proprio Colossus (que já tem muita facilidade em se proteger, diga-se de passagem). E que também gera follow através da spell que o invoca.

EVEN DURING THE DAMAGE STEP!

Com isso o palco estava montado pros Thunder Dragons serem uma engine e um deck dedicado que formavam uma força a ser temida, e ainda mais num meta onde Sky Striker era um dos se não o deck mais popular do formato.

Travessuras e Pegadinhas

Logo após o lançamento de SOFU, a coleção secundária Hidden Summoners (HISU) introduziu o arquétipo de Fusão/Link dos Prank-Kids. Apesar dos suportes iniciais não serem o suficiente pro deck competir diretamente no metagame, o Deck foi bastante popular na cena rogue por ser um counter direto ao Thunder Dragon, e chegou até a ganhar um YCS nas mãos do grande Dinh-Kha Bui. O Deck voltaria ao metagame posteriormente (e de forma bem expressiva), mas por enquanto ele faria só aparições esporádicas.

Como treinar sua Waifu

Malditos otakus

Conhecendo o público do seu jogo, a Konami lançou a cota obrigatória de arquétipo Waifu. E o sorteado da vez foi o Dragonmaid. A única relevância competitiva do arquétipo foi no monstro Level 4 (Chamber) e a Trap (Tidying), que juntos fizeram os jogadores de Dragon Link muito felizes. No geral o arquétipo até tem uma mecânica interessante, onde as Maids de Main Deck se transformam nos Dragões grandes de Extra e ficam nessa troca de monstros e gerando recursos com algumas interações. Mas o deck nunca teve força suficiente pra fazer nada sozinho, se resumindo apenas a um suporte na sopa de Dragões bons que é o Dragon Link.

2 Effect Monsters….

My Anaconda Don’t!

A era VRAINS foi fechada com chave de ouro. Logo antes do lançamento da última coleção que acompanha o anime (Eternity Code), a Konami lançou a caixinha da Duel Overload (DUOV). E a caixinha trouxe praticamente todos os suportes bons do Link Vrains Pack do OCG. Nessa coleção temos titãs do metagame como: Halq, Auroradon, Dagda, Union Carrier, Simorgh, e outras tantas atrocidades que fizeram (e ainda farão) parte do metagame.

Além de fazer a Link Spider virar meta (o que por si só já é muita coisa) a Anaconda também deu um gás necessário pra muitos decks que não possuiam payoff genérico. Obviamente de início ela não fez nada de muito broken, sendo usada melhor em decks mais dedicados a Fusion Summon, como Shaddoll, variantes de Invoked e afins. Mas logo logo seriam lançados os monstros que permitiriam que quaisquer dois monstros de efeito se tornassem um pesadelo para os oponentes.

Quase chegando ao fim…

E com isso chegamos ao fim da Era VRAINS, e estamo quase no fim da nossa sériezinha de textos. O próximo sera o último já que entraremos nos dias atuais da Fusion Summoning. Agradeço bastante quem está acompanhando.

Se leu até aqui, muito obrigado e um abraço!

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Daniel Medeiros
Daniel Medeiros

Written by Daniel Medeiros

26, entusiasta de card games, estudante de administração e apreciador de conhecimentos inúteis

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