Review saga Revelations parte 2 — Perdidos no meio do nada

Daniel Medeiros
4 min readOct 6, 2018

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O segundo jogo da saga tem várias semelhanças ao primeiro, mas num plano de fundo totalmente diferente, e com uma proposta bem diferente.

Capa do segundo jogo da saga

História Principal

A história se passa após os eventos do RE 5 e um pouco antes do RE 6, e traz, assim como o primeiro jogo da saga, 2 personagens conhecidos, e 2 novos. Temos Claire Redfield, a irmã do bombadíssimo Chris, e o Barry Burton, dono da famosa expressão “Jill Sandwich”, e 2 personagens novos, Moira Burton, filha do Barry, e Natalia, uma garotinha com poderes psíquicos.
Claire, que agora trabalha pra uma ONG que combate o bioterrorismo, chamada TerraSave, está num jantar beneficente, junto com sua amiga Moira, que recém se juntou à ONG, quando todos presentes são raptados e jogados numa ilha no meio do nada.

Claire e Moira

Claire e Moira se juntam e descobrem que todos que foram jogados nessa ilha fazem parte de um experimento científico para o desenvolvimento de um novo vírus, e elas tem que sobreviver vários testes e situações de risco para saírem com vida, as duas são guiadas por uma entidade misteriosa chamada de Overseer, que as guia para certos cantos e faz algumas coisas acontecerem na ilha. Enquanto isso, Barry Burton, 6 meses após o rapto das meninas, chega na ilha pra resgatar sua filha e Claire, quando encontra uma pequena garota com poderes psíquicos, chamada Natalia, que o auxilia em sua jornada.

Natalia e Barry Burton

Gameplay

O jogo tem a mesma câmera em terceira pessoa, mas a movimentação e mira foram corrigidos, já que esse foi feito para consoles de mesa, deixando o gameplay bem fluido e intuitivo. Os elementos de horror do jogo são muito bem construídos, utilizando como plano de fundo, o escritor Franz Kafka e sua maior obra, Metamorfose, para várias referências na ilha e no gameplay em si.
Há o mesmo cruzamento de gameplay que existe no 1, momentos de ação, com momentos de angústia e desespero, que se fazem mais presentes. Além disso, o jogo adiciona vários momentos de gameplay de stealth, pois apenas Claire e Barry usam armas, é interessante a forma como o jogo te faz trocar entre personagens pra avançar na trama, e ter que estar sempre atento ao que fazer e com quem fazer.
O gameplay de Claire e Barry são bem parecidos, já que ambos usam armas, eles tem que matar os inimigos e ir na frente, enquanto a Moira e a Natalia ajudam seus parceiros achando itens escondidos, atrapalhando inimigos e abrindo algumas portas.

A ilha dá um sentimento de imensidão que forma uma atmosfera de desespero

Pontos fortes

Boa mistura de ação e survival horror: O jogo tem o ritmo certo das duas coisas, e permite vários sentimentos durante a jogatina.

AI realmente inteligente: Como em vários jogos anteriores, a AI é um inconveniente gigante (estou olhando pra você, Sheva), mas nesse jogo ela é bem programada e o fato de você estar trocando de personagens ajuda bastante no aspecto.

Poucos recursos: assim como o primeiro jogo da saga, existem poucos recursos na ilha, e muitos inimigos, então em vários momentos você é forçado a diversas escolhas.

Possibilidade de Co-Op interativo: O co-op nos jogos anteriores era bem simples, ambos faziam a mesma coisa, atiravam em monstros e matavam bosses, já nesse jogo, cada personagem tem um papel diferente, deixando o gameplay diferente pra cada um dos jogadores.

A diferença no gameplay das duas personagens realmente adiciona no modo cooperativo

Pontos Fracos

Falta de puzzles marcantes: Como dito no primeiro, os puzzles são bem importantes, e realmente fizeram falta nesse jogo também.

Falta de criatividade nos inimigos : São mais do mesmo, não tem bosses marcantes e a maioria dos inimigos são bem genéricos, salvo algumas exceções que estão principalmente na campanha do Barry.

A campanha do Barry tem alguns inimigos bem interessantes

Adicionais

O jogo também possui gameplay extra, como dois episódios adicionais que contam algumas partes da história principal que não apareceram, assim como um Raid Mode, e algumas adições pra campanha principal pra apimentar o gameplay, como um modo onde todos os inimigos são invisíveis (SIM, invisíveis), e um modo com tempo limitado pra completar o episódio.

Gameplay do Raid Mode
Countdown Mode, uma excelente forma de jogar uma segunda ou terceira vez a campanha principal

Conclusão

Em suma, o jogo é uma bela mistura dos elementos que deram certo na série, deixando a desejar em poucas coisas, mas acertando em muitas que os fãs reclamam que faltam nos jogos principais.
A saga revelations realmente merece mais atenção, e espero que esse review faça algumas pessoas jogarem e descobrirem o verdadeiro ouro subestimado que é essa saga spin-off.

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Daniel Medeiros
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Written by Daniel Medeiros

26, entusiasta de card games, estudante de administração e apreciador de conhecimentos inúteis

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